OAB Paraná realiza campanha para cadastrar doadores de medula óssea
A seccional da OAB no Paraná, a subseção de Guarapuava e a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PR) estão realizando a campanha ‘Fevereiro Laranja’ para cadastrar doadores de medula óssea, em ação de combate à leucemia. Até o fim do mês de fevereiro, advogados e advogadas de Guarapuava e de toda a região central do Estado do Paraná podem ir até o Hemocentro Regional para realizar o cadastro no Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea (Redome).
Para ser doador é bem simples, é necessário apenas retirar uma pequena quantidade de sangue, ter entre 18 e 54 anos, estar em boas condições de saúde e não ser portador de nenhuma doença infecciosa transmissível pelo sangue.
O advogado Luciano Lenart Copetti, de Guarapuava, conta como é a sensação de poder ajudar uma pessoa, já que teve o prazer de descobrir que era compatível com um receptor que estava precisando de transplante. Para ele, é como ganhar um prêmio na loteria.
“A chance de compatibilidade é uma em um milhão. E o sentimento ao descobrir que você vai ajudar a salvar a vida de uma pessoa e a manter uma família unida, não tem preço. Você flutua. Dá prazer. É um milagre na vida. Nós não sabemos quem receberá, se é homem, se é mulher, se é criança, se é idoso. Nada. Mas mesmo não sabendo, a gente sabe que está fazendo o bem”, explica Luciano.
O início de Luciano como doador de medula óssea foi quando ele decidiu fazer uma doação de sangue. O cadastro no Redome ocorreu de maneira simultânea, no Hemocentro. É o Redome que é responsável por cruzar dados ao redor de todo o Brasil e identificar doadores e receptores que sejam compatíveis.
Para Luciano Lenart Copetti, a informação de que um possível receptor havia sido localizado veio em meados de 2018, quando o advogado foi contatado por uma equipe do Redome para a confirmação de alguns dados.
“Depois desse contato inicial, foram necessários novos exames para comprovar que a minha medula realmente era compatível. Em um primeiro momento, a gente fica apreensivo para saber como funciona a doação, para saber como é o procedimento e tudo mais. Mas logo você é tomado por uma felicidade ao saber que pode salvar uma vida, independente de quem seja”.
De acordo com Instituto Nacional do Câncer (INCA), o procedimento para o doador é simples e não deixa nenhum tipo de sequela. Depois dos testes de compatibilidade, a pessoa é submetida a um procedimento feito em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.
Para receber o transplante, o paciente é submetido a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula. Então, ele recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Uma vez na corrente sanguínea, as células da nova medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.
Com informações da OAB Guarapuava
Source: New feed