“Liberdades precisam ser reafirmadas e defendidas”, diz Simonetti em evento no STF
O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, participou na noite desta quarta-feira (3/8) da solenidade de lançamento do livro Liberdades. A publicação é uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF) em parceria com o Instituto Justiça & Cidadania e reúne artigos dos 11 ministros do STF sobre o tema. O ex-presidente da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e o presidente da Comissão Especial de Defesa da Liberdade de Expressão, Pierpaolo Bottini, também assinam artigos na coletânea. O prefácio é do ex-presidente da Ordem, Bernardo Cabral.
Foi lançado também um modelo do livro em forma de cartilha, com versão dos artigos em linguagem adaptada ao público jovem. Simonetti escreve o texto de apresentação da cartilha. “O momento é apropriado para que se fale na defesa das liberdades. A Constituição é um marco consolidado. Estamos diante de um cenário em que todas as liberdades precisam ser reafirmadas e defendidas no país. É um regozijo para a Ordem poder participar de um projeto tão exitoso como este. Cumprimento a todos aqueles que acreditam que o Brasil pode progredir e avançar com respeito às liberdades. É algo que vai ao encontro do papel da OAB”, disse Simonetti.
Cabral, que foi deputado constituinte, destacou a importância da advocacia na defesa das liberdades. Ele assina o prefácio do livro. “Se há alguém neste país que lutou por uma Assembleia Nacional Constituinte quando estávamos saindo de uma excepcionalidade institucional para uma reorganização constitucional, foi a advocacia, por meio da OAB. Liberdade, que é o título do livro, não é algo que se possa comprar por aí. Supor a liberdade porque nasceu livre é também algo que não faz sentido. Liberdade se conquista e, para isso, é preciso enfrentar, se doar”, declarou Cabral.
Liberdade profissional
Coêlho abordou a questão da liberdade profissional em seu artigo para o livro, na perspectiva de defesa das prerrogativas da advocacia. Ele reforçou a importância das liberdades para o pleno funcionamento da Justiça. “A liberdade é algo fundamental para a construção de uma sociedade civilizada e para a existência e organização da democracia e da vida dos indivíduos. Não há democracia sem liberdade e não há liberdade sem democracia. É crucial reafirmar sempre e, especialmente neste momento histórico, as liberdades e garantias constitucionais. O exercício da advocacia com respeito às prerrogativas e às garantias profissionais é indispensável para que tenhamos a plena implementação das liberdades individuais na prática”, afirmou ele.
Ao discursar sobre o livro, o presidente do STF, Luiz Fux, apontou que a ideia da publicação não foi a de esgotar o tema. “Queremos celebrá-lo, festejá-lo e projetá-lo para todos os públicos”, disse ele. “Liberdade é uma palavra tão fundamental, que não podemos apenas deixá-la na escrita e no significado. É preciso exercê-la na sua máxima expressão. Exercitá-la, tomar posse dela, especialmente quando uma data tão gloriosa se aproxima: a celebração dos 200 anos da independência do nosso amado Brasil”, acrescentou o presidente do STF.
Também participaram da solenidade de lançamento da cartilha os ministros do STF Rosa Weber, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Nunes Marques e André Mendonça, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, o vice-presidente da OAB Nacional, Rafael Horn, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
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