Em Portugal, OAB lança movimento nacional em favor da pacificação do Brasil
Durante a abertura do Fórum de Lisboa, realizada nesta quarta-feira (2/7), em Portugal, o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, lançou um movimento nacional em favor da pacificação do país. “Conclamamos todas as lideranças públicas, políticas, institucionais e sociais a participarem desse esforço”, disse, frisando que as autoridades brasileiras precisam desarmar os espíritos. “Não é a divergência que enfraquece uma nação, mas a recusa em transformá-la em diálogo. Quando se escolhem antagonismos onde deveria haver debate, perde-se a chance de construir soluções comuns”, pontuou Simonetti.
Ao afirmar que os extremos não podem ditar o rumo do debate político, o presidente da OAB Nacional lembrou que a paz se constrói com escuta, civilidade e compromisso com aquilo que é maior do que qualquer interesse individual: o futuro do país. “É tempo de buscar consensos em torno de pautas estruturantes, capazes de unir o Brasil em torno de objetivos permanentes: saúde pública de qualidade, educação gratuita e universal, segurança cidadã e combate firme às desigualdades sociais e regionais. Por isso, ao longo dos próximos meses, a OAB encabeçará esse movimento pela pacificação”, anunciou, explicando que é um chamado ao diálogo, à escuta e à responsabilidade coletiva.
“Que este Fórum seja o ponto de partida de um compromisso comum: reconstruir, com firmeza e coragem, os caminhos de entendimento que o Brasil tanto precisa. Vamos juntos, de mãos dadas, ‘repacificar’ o país”, conclamou.
Aliança
Ainda em seu pronunciamento, o presidente Beto Simonetti reiterou que a entidade é aliada do Supremo Tribunal Federal (STF) e das instituições. “A OAB, sob a minha presidência, é defensora intransigente do STF, não só pela convicção própria que carrego, mas também porque assim quis o constituinte e assim quis o legislador. Às vezes, podemos encaminhar críticas um tom acima, mas todas são críticas frontais, respeitosas e necessárias para corrigir eventuais violações às nossas prerrogativas”, frisou, afirmando que defender a advocacia também é defender a democracia
Simonetti disse, ainda, que geralmente o STF atende aos pleitos da advocacia brasileira, e agradeceu nominalmente aos ministros Gilmar Mendes, André Mendonça e Alexandre de Morais, presentes no evento.
Também compuseram a mesa de honra da solenidade de abertura o ministro do STF Gilmar Mendes; o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; o primeiro vice-presidente do Senado Federal, Eduardo Gomes; o presidente do Fórum de |Integração Brasil Europa, Vitalino Canas; o ministro adjunto da Reforma de Estado de Portugal, Gonçalo Saraiva Matias; o diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Eduardo Vera-Cruz Pinto; e o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e consultor sênior do Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros de Portugal, Carlos Blanco.
Fórum internacional
Com o tema “O Mundo em Transformação — Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente”, o 13º Fórum de Lisboa segue até sexta-feira (4/7), na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (ICJP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Fórum de Lisboa é promovido anualmente para debater visões e desafios jurídicos enfrentados pelos países da Europa e pelo Brasil.
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