Especialistas em coaching dão dicas para um desenvolvimento ético, responsável e sustentável
Na manhã desta quinta-feira (16), a OAB Nacional promoveu o evento Coaching – Dicas para um Desenvolvimento Pessoal e Profissional Ético, Responsável e Sustentável. Especialistas debateram o cenário da atividade adaptada à realidade da advocacia em uma live promovida pela Comissão Especial de Coaching Jurídico da OAB Nacional.
Para o presidente da comissão, Fernando Borges Vieira, é muito fácil e tentador vender serviços em coaching de maneira atrativa, mas alertou que “nada disso adianta se não for um processo ético, responsável e sustentável. Eu costumo pesquisar bastante sobre os profissionais e me espanto com a quantidade de informações inverossímeis. Como no Brasil ainda não há uma regulamentação da profissão de coaching, os cuidados devem ser redobrados na busca pelo perfil ideal de um coach. Especificamente dentro da área jurídica, é algo muito novo. A OAB tem uma preocupação muito grande com a qualidade do exercício profissional, por isso acompanha atenta essa nova realidade”.
A convidada do debate – autora, consultora, treinadora executiva e treinadora master em PNL – Andrea Lages, iniciou falando sobre a vulgarização da atividade no Brasil. “O coaching começou a ser vulgarizado quando se tornou mercantilizado. Muitos julgam que é um modo fácil de ganhar dinheiro e acabam vendendo qualquer coisa diante do desconhecimento de boa parte do público. A atividade jamais deve ser criminalizada, mas promover o coaching sem ter o preparo técnico necessário para isso é sim uma prática que pode ser criminalizada. Coach não faz mágica, e sim busca um aperfeiçoamento e um amadurecimento teórico para passar adiante. No fim das contas, quem diz se o coach é bom é o próprio cliente”, apontou.
Lages é uma das precursoras do coaching no Brasil e uma das treinadoras mais respeitadas do mundo com atuação em mais de 30 países. Ela também é cofundadora da International Coaching Community, do ICC Master Trainer, cofundadora e CEO da Lambent do Brasil. “O profissional deve ter uma formação sólida, uma avaliação bem feita, ter um bom perfil, dispor de feedbacks positivos ao seu respeito, entre outros aspectos. É muito fácil eu falar bem de mim, enquanto a questão-chave é o que os outros falam e acham do meu trabalho. Uma experiência positiva constante é fundamental para que eu faça do outro a melhor versão de si”, afirmou.
Para ela, deve ser clara a delimitação de que os treinamentos de coaching não são procedimentos psicológicos ou psiquiátricos, pois estas são áreas da ciência que exigem formações superiores específicas e têm objetivos distintos entre si e também em relação ao coaching.
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