Painel 46 – A importância do esporte para o sucesso nas profissões

Com o mote da superação e sua importância para uma boa atuação na profissão, foi realizado o painel Sucesso e superação na vida e no esporte, nesta quarta-feira (29/11), durante a 24ª Conferência Nacional da Advocacia. 

Com a distribuição de três bolsas de pós-graduação em direito, o advogado Paulo Nicholas, autor do livro “Sucesso com Direito”, exibiu vídeos e até subiu na mesa para instigar os jovens advogados a serem bem-sucedidos na profissão. Ele destacou, como exemplos, o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, e o palestrante do painel Lucas Andrade Brandolis, diretor de Educação da OAB-MG.

“Está na hora de voar e converter a educação em direito, colocando a matéria do direito na educação das escolas”, defendeu Lucas Brandolis. Ao final de sua palestra o diretor de Educação da OAB convidou a plateia a fazer uma espécie de “ola”, só que dizendo a palavra “voa” para comemorar o anúncio da parceria. A presidente do Instituto Direito na Escola, Isabella Leonel Cereda, aproveitou a oportunidade para lançar a campanha “Violência Zero nas Escolas”. Ela ressaltou a preocupação com “a qualidade do aluno, para que ele tenha uma formação ética e responsável, capacidade de argumentação e que, mais do que isso, possa ser um agente de transformação social”.

Inclusão e superação

“O desporto é inclusão, o desporto é superação”. Com essas palavras, Mauricio Correa da Veiga, membro da Comissão Especial de Direito Desportivo, abriu a discussão sobre as perspectivas da nova Lei Geral do Esporte, a Lei 14.597, aprovada em junho deste ano, apesar dos inúmeros vetos.

“Essa lei muda totalmente o paradigma, ampliando o conceito do atleta profissional, que deixa de ser apenas o atleta que tenha contrato especial do trabalho esportivo por escrito, atraindo maior interesse dos investidores”, afirmou Veiga. Esse artigo se contrapõe ao que prevê a Lei Pelé, ainda em vigor e que, segundo ele, “já cumpriu o seu papel e poderá gerar conflitos com a nova Lei do Esporte”.

Segundo Marques Elex Carvalho, conselheiro Seccional da OAB de Tocantins e presidente do Conselho Municipal de Saúde de Araguaína (TO), “os advogados deficientes visuais ainda têm dificuldades de acompanhar um processo e até de retirar guia de custas”. 

Para transformar vidas

Conselheira do Instituto Galo, ligado ao clube de futebol Atlético Mineiro, a advogada tributarista Clarissa Nepomuceno abriu a fala revelando já ter passado por várias situações de assédio e violência de gênero. “Uma das formas que encontrei para lidar com esse preconceito foi me entregar ao trabalho social”, disse ela, lembrando que uma a cada quatro mulheres brasileiras já sofreu algum tipo de abuso.  Clarissa citou projetos solidários do clube de futebol, como a Escola do Futuro, que atende meninos e meninas em estado de vulnerabilidade em várias cidades mineiras, levando o “esporte e a paixão atleticana para transformar vidas”. 

André Carvalho, presidente nacional da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB Nacional, fez a proposição, aprovada por unanimidade no plenário, para garantir um rearranjo na lei de forma a garantir a imunidade tributária a todas as entidades que atuam no terceiro setor.

Inteligência emocional

Tatiana Costa, vice-presidente da OAB do Maranhão, destacou a importância da inteligência emocional como fator de sucesso na advocacia, ampliando a capacidade de se conectar com os clientes. “Falar de direito hoje é falar de inteligência emocional, necessária para o desenvolvimento de todas as áreas”, disse ela, comentando ainda que seu escritório, no Maranhão, é formado por advogadas e atendeu a mais de 2 mil mulheres nos últimos seis meses. “A carreira de advogado pode ser destruída em uma entrevista ou nas redes sociais, se ela não tiver inteligência emocional”.

“E você? Tá na hora de escrever a sua história”, provocou o advogado Paulo Nicholas, autor do livro “Sucesso com Direito”, em um vídeo exibido no início da palestra, que mostrou a cena da corredora Gabrielle Andersen, que participou da primeira maratona feminina nas Olimpíadas. Ela quase entrou em colapso, mas recusou ajuda e chegou até o fim da corrida sozinha, em exaustão. 

A mesa foi presidida pela conselheira federal por Goiás Arlete Mesquita, vice-presidente da Comissão Especial de Direito Desportivo da OAB, tendo como relatora a conselheira federal pela Paraíba e secretária da pasta, Michelle Ramalho Cardoso.


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