Simonetti defende fortalecimento do direito de defesa em entrevista ao Conjur
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, afirmou, em entrevista ao Conjur, na última segunda-feira (18), que o país resgatou, nos últimos tempos, o equilíbrio da paridade de armas entre Ministério Público e advocacia, especialmente no âmbito do direito penal. “Esse desequilíbrio foi trazido por uma tentativa de hiperprojeção de membros do Ministério Público que restou infrutífera. Nós vimos, por um lado, o Ministério Público ávido em promover uma ‘pseudo’ justiça. E, de outro lado, advogados aguerridos mostrando que a paridade de arma estava ferida”, apontou.
Simonetti falou durante o Fórum de Integração Brasil-Europa (Fibe), que ocorre em Portugal ao longo desta semana. Ontem, ele moderou o debate “Os desafios do desenvolvimento: o futuro da regulação estatal”. Hoje, participou de encontro institucional na Ordem dos Advogados de Portugal.
À Conjur, Simonetti apontou a necessidade de avançar, na sociedade, o debate para a não criminalização da advocacia. “O advogado não pode, em nenhuma hipótese, ser confundido com aquele cidadão que é eventualmente acusado. Há uma confusão entre a figura do advogado e daqueles que são defendidos por ele”, ressaltou.
Ao passo em que os brasileiros, cada vez mais, se informam pela imprensa e buscam seus direitos, a advocacia também deve ser valorizada, defende Simonetti. “O Brasil passa a reescrever uma nova história em que a advocacia tem um papel de preponderância, de protagonismo na sociedade, onde resgates sociais são feitos, sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa humana, aos direitos humanos e à ampliação do direito de defesa no Brasil”.
Veja a entrevista completa aqui.
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