Pleno aprova que presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem deve vir das comissões das seccionais
O Conselho Pleno da OAB aprovou, nesta segunda-feira (17), a
proposição de que os ocupantes vindouros do cargo de presidente da Comissão
Nacional da Advocacia Jovem sejam escolhidos dentre os presidentes das
comissões congêneres nas seccionais, por escolha do presidente da OAB Nacional.
A mudança se dará pela alteração do Provimento n. 115/2007
da Ordem, que regulamenta as comissões permanentes da OAB Nacional. Atualmente,
a presidência da Comissão Nacional da Advocacia Jovem se dá por indicação da
diretoria nacional da Ordem dentre os conselheiros federais, sem que se observe
o critério de enquadramento no início de carreira, que é o exercício
profissional iniciado há menos de 5 anos.
Para o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, a
aprovação da proposição marca um dia histórico para todo o sistema OAB. “Não há
outro caminho possível a não ser incluir a juventude na vida da Ordem. É nosso
dever garantir várias gerações futuras de líderes em nossa instituição
exatamente através da igualdade e da representatividade, cuidando dessa parcela
de profissionais tão brilhantes que mostra uma enorme vontade em compor nossos
quadros e muito zelo com as questões da profissão”, disse Santa Cruz.
O relator da matéria foi o conselheiro Helder José Freitas
de Lima Ferreira (AP). “Trata-se de justo e merecido reconhecimento dirigido às
jovens e aos jovens advogados brasileiros, mostrando o entendimento deste
Conselho Federal de que o jovem advogado é parte importante e essencial para a
advocacia e que há muito deseja sair da função de coadjuvante e exercer o papel
de falar em seu nome, pois representa quase metade das inscrições da OAB”,
votou.
A presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem da OAB,
Daniela Teixeira, foi a própria autora do requerimento. “Os advogados jovens
têm organização, autonomia, dedicação e devem falar pela própria voz. Não
precisam de tutores, não necessitam que um conselheiro federal fale por eles.
Por mais que eu tenha total sensibilidade à causa, por mais que eu me sinta
jovem no exercício da função, não sou genuinamente uma jovem advogada. É o
próprio sentimento deles, sobre o que se passa no meio específico da jovem
advocacia, que deve ser falado. Espero ser a última presidente na condição de
usurpadora da voz da juventude”, apontou.
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